Cenários alternativos para cinco meses de governo

Um democrata cristão cujo tom de pele do rosto e das mãos não bate muito

Alckmin: Aécio e Serra ministros, governo federal assume todas as obras de metrôs — sem prazo de conclusão — e por decreto o presidente passa a ter direito a uma provinha da merenda em qualquer escola pública que ele visitar.

Ciro Gomes: dificuldades para articulação no congresso, em seu primeiro discurso na ONU declara que o Brasil vai entrar no primeiro mundo “chutando a porta” e manda um repórter “capinar um canavial de rôla”.

Cabo Daciolo: metade da verba da polícia federal é revertida numa força-tarefa para caçar maçons rotarianos reptilianos ateus infiltrados no governo. No terceiro mês o Brasil passa a funcionar num regime parlamentarista porque o presidente subiu pra orar no monte e nunca mais voltou.

João Amoedo: tenta privatizar tudo, mas tudo mesmo. Não tem ministros porque só oferece contrato pejotinha de 1500 reais, tenta passar no congresso uma proposta pra polícia funcionar feito Uber (o “Policial Select” que tem viatura e arma é mais caro mas a população de baixa renda vai poder contratar o “Policial X” que é um baixinho de bicicleta segurando um pedaço de pau).

Se não for assim não é liberal mesmo

Álvaro Dias: reprovado no teste psicotécnico, acaba tornando necessária a convocação de novas eleições. Segue se considerando presidente mesmo após o novo eleito tomar posse.

Haddad: não só Lula é liberado da prisão como se torna ministro da casa civil e cada um dos 190 milhões de brasileiros tem que pedir desculpas pra ele pessoalmente. Afila é longa e você fica meio sem graça na hora de falar com o Lula.

Boulos: faz a reforma agrária à força, fecha o congresso e baixa um decreto dizendo que agora todo brasileiro com casa própria tem que abrigar um sem teto. No começo você acha esquisito mas no fim percebe que deu sorte porque o Vanderlei — o seu sem teto designado — sabe fazer uma maionese muito gostosa.

Num universo paralelo temos um presidente que sabe quem é a Namorita

Marina Silva: faz algumas reformas mas nem tantas, tem alguns conflitos com o congresso mas não muitos, começa focada na questão ambiental mas assim assim. As pesquisas de satisfação do eleitor tem um resultado mais ou menos.

Henrique Meirelles: verdadeiro presidente de coalização, organiza um governo que reúne MDB, DEM, PDT, PT e PSDB, formando o maior centrão que o Brasil já viu e conseguindo aprovar virtualmente qualquer coisa. Amplia a pena de Lula para prisão perpétua mas também o nomeia primeiro ministro, conseguindo finalmente unir o brasil e atingir 90% de popularidade.

Eymael: não assume porque acha que é um algum tipo de pegadinha e todo mundo tá na verdade rindo dele. Novas eleições são convocadas.